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Estado: Construção em Curso

Define-se prospecção geotécnica do local de uma futura obra o conjunto de operações visando a determinação da natureza e características do terreno, sua disposição e acidentes com interesse para essa obra.

Com excepção para os casos em que se considera suficiente o reconhecimento superficial e existem afloramentos que o permitem, é necessário proceder a um reconhecimento em profundidade o qual se faz lançando mão das técnicas mais indicadas ou disponíveis de prospecção mecânica e (ou) de prospecção geofísica.

Estas técnicas aplicar-se-ão de acordo com um plano de prospecção que deverá incluir, além da definição e localização dos trabalhos de prospecção, indicações quanto à colheita de amostras e à realização de ensaios ‘in situ’, tendo em vista que se pretende adquirir um conhecimento suficiente do maciço até a profundidades consideradas interessadas pelas respectivas obras.

Para que a correcta identificação dos materiais seja uma realidade, assim como a obtenção de amostras de boa qualidade para posterior caracterização laboratorial, é necessário criar meios de acesso que permitam atingir profundidades mais ou menos elevadas consoante as condições de projecto. Habitualmente, os processos utilizados são os poços e as sondagens, como meios de prospecção vertical, e valas, trincheiras e galerias como meios de prospecção essencialmente horizontal.

Poços, valas e trincheiras permitem a recolha directa de amostras e, caso sejam necessárias, amostras de grandes dimensões, não permitindo porém atingir profundidades de ordem superior a 6 -7 m. As galerias, por seu lado, são métodos de prospecção onerosos pelo que são utilizados apenas em obras de grande importância. A principal diferença entre estes métodos e as sondagem reside no facto de nos primeiros o técnico ter acesso directo aos materiais, já que se encontram a profundidades modestas e as respectivas escavações são de dimensões razoáveis, enquanto nos segundos o técnico só tem acesso aos materiais na superfície, após a evacuação dos mesmos, o que obriga a uma grande variedade de técnicas e equipamentos para obtenção desse objectivo. 

Existem diversos tipos de sondagem aplicáveis a situações distintas, dependentes do tipo de material a perfurar bem como dos objectivos finais das campanhas de prospecção. As sondagens a água são aquelas em que a desagregação do material é feita por acção da água injectada sob pressão. São habitualmente utilizadas em solos de granulometria fina a média, razoavelmente homogéneos, permitindo apenas amostras para classificação visual.

Os trados são uma ferramenta helicoidal que desagrega o solo e permite a sua evacuação à superfície. São utilizados em solos com coesão e com pouca a média abundância de material grosseiro, permitindo amostras para classificação visual. No entanto, no caso de utilização de trados ocos é possível introduzir amostradores pelo seu interior, possibilitando assim a amostragem.

As sondagens à percussão baseiam-se na técnica de desagregação por fadiga. O esforço desagregador é conseguido por acção de impactos sucessivos de um trépano, com massa considerável, caindo de grande altura. A evacuação do material desagregado é realizada com auxílio de um tubo oco, fechado na base, denominado limpadeira. É um método utilizado em todos os tipos de solo, permitindo a sua amostragem, mediante a utilização de amostradores adequados.

As sondagens à rotação com recuperação de testemunho baseiam-se no atrito provocado por uma ferramenta diamantada ou de carboneto de tungsténio denominada corôa, a qual roda contra a superfície a perfurar. A sua utilização é habitual em solos muito duros e em rochas e permite a obtenção de amostras intactas destes materiais.

 

                   Fig.1 - Tabela Poços e Sondagens.

 

 

 

 

 

 


 

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