Departamento de Geociências

Parâmetros Geotécnicos

As correlações estabelecidas com base nestes ensaios e os parâmetros geotécnicos não se encontram muito desenvolvidos, difundidos e em convergência internacional. Embora este ensaio seja mais elaborado que o ensaio SPT, deverá ser encarado o mesmo tipo de considerações quanto à utilização dos valores numéricos obtidos desta forma. No entanto, como é obtido um perfil contínuo da resistência aparente do solo, é possível estabelecer, com maior eficiência, um zonamento de resistência baseado num maior número de dados relativos a cada unidade, os quais poderão ser tratados de forma estatística.

 Estes ensaios são de inegável utilidade em solos heterogéneos, com presença de material grosseiro, os quais apresentam dificuldades, ou mesmo impossibilidade, na realização de outros ensaios. Por outro lado, a sua utilização mais coerente é no dimensionamento de estacas cravadas, dado que o modo de penetração é igual nos dois casos. Existem três métodologias fundamentais para interpretação dos resultados de ensaio:

       a)    transformar N_DP em N_SPT e utilizar as correlações estabelecidas para este último;

       b)    Avaliar a resistência à penetração dinâmica, q(d), correlacionar com a resistência estática q(c) do ensaio CPT ou outro parâmetro de outro ensaio e utilizar as correlações estabelecidasa para o ensaio em questão

       c) Correlacionar directamente o valor de N_DP ou q(d) com os parâmetro geotécnicos

Muromachi & Kobayashi (ESOPT-, 1981, Estocolmo ISSMFE) apresentam uma correlação entre N₃₀ (DPSH) e N_SPT escrita na forma seguinte:

                         N₃₀ (DPSH) / N_SPT = 1,15                                                                                

Por outro lado, um conjunto de correlações do segundo tipo é apresentada no Quadro II (Waschkowski, 1982).

q(d) - resistência de ponta dinâmica; q(c) - resistência de ponta CPT(u); P_L - Pressão Limite PMT; E_M - Módulo pressiométrico