Tendo em conta os objetivos da prospeção geológica-geotécnica, mencionados anteriormente, interessa caracterizar o tipo de métodos que são utilizados com o intuito de alcançar esses mesmos fins. Neste sentido, os métodos de prospeção dividem-se em métodos diretos, semi-diretos e indiretos.
Os primeiros referem-se à observação direta do subsolo, ou seja a trabalhos de reconhecimento, geológico ou geotécnico, que permitam a recolha direta de elementos das formações a estudar. Consequentemente, os trabalhos realizados consistem na abertura, manual ou mecânica, de valas ou sanjas, trincheiras, galerias e poços, dimensionados de modo a permitir o seu fácil estudo pelos técnicos responsáveis pela elaboração da parte geotécnica do projeto.
Os métodos semi-diretos têm que ver essencialmente com sondagens e ensaios mecânicos. As sondagens consistem na abertura de furos de pequeno diâmetro, inacessíveis ao homem, executadas, de um modo geral, a partir da superfície, através de métodos de perfuração. Assim, as sondagens implicam a perfuração da rocha ou solo, de forma a desagregá-lo e arrastá-lo. É de salientar que a profundidade alcançada pelas sondagens é de uma ordem de grandeza muito superior ao seu diâmetro.
Existem três tipos de sondagens: sondagens a trado, sondagens à percussão e sondagens à rotação. Estes tipos de sondagens serão analisados noutro conteúdo deste website.
Relativamente aos métodos indiretos, referem-se à área da prospeção geofísica, isto é, a um conjunto de técnicas que investiga o interior da terra a partir de variações detetadas em parâmetros físicos significativos e a sua correlação com as caraterísticas geológicas.
Outros aspectos a ter em conta nas investigações respeita ao número e profundidade das mesmas, sendo uma das questões mais críticas na planificação de ensaios “in situ”. Estas devem estar situadas em lugares de máxima representatividade geológica e geotécnica.
O número e profundidade dos ensaios dependerão tanto da fase em que se encontra o projeto, como do alcance do método e extensão da zona afetada pela obra.
De uma forma geral, as investigações devem alcançar o nível mais profundo que conseguirem. Já o número das mesmas dependerá do seu alcance e dos objetivos da obra, bem como da representatividade da zona investigada.
No entanto, tendo em conta o tipo de obra já é possível ter uma ideia da quantidade e da profundidade dos ensaios. A tabela que se segue permite resumir estes mesmos dados.
