Poços, Galerias, Valas e Trincheiras

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POÇOS

Os poços de prospecção são, geralmente, elípticos, com dimensões de 1,80 m (eixo maior) por 0,80 m (eixo menor). O diâmetro do poço está também directamente ligado à profundidade do poço. São também utilizados poços quadrados, rectangulares, ou circulares mas com menor frequência.

As normas de segurança são bastante importantes, nomeadamente o factor de renovação do ar em poços profundos quando estes são abertos com homens a trabalhar no seu interior.

Para poços de pouca profundidade, em solos brandos, utilizam-se frequentemente abre-valas que permitem a realização do trabalho em boas condições de segurança e rendimentos muito bons.

Para profundidades maiores, a escavação dos terrenos é feita manualmente com enxadas ou picaretas, utilizando-se martelos pneumáticos, podendo também recorrer-se a Retro-Escavadoras ou Giratórias.

Os poços são de grande utilidade, por exemplo:

- em problemas que envolvem escorregamentos, por permitirem pesquisar directamente a superfície de escorregamento,

- em problemas em que se pretende determinar a profundidade de um firme rochoso que se suspeite se encontre a pouca profundidade,

- no reconhecimento de formações com características de solos, em que o avanço é, em regra, satisfatório,

- quando se pretende colher amostras remexidas em quantidade apreciável (da ordem das dezenas de quilos), ou realizar ensaios “in situ”.


VALAS E TRINCHEIRAS

As valas e trincheiras são também um tipo de trabalhos de prospecção muito frequentes, por exemplo, em locais de barragem e canais, nas zonas onde se pretende observar o maciço rochoso são, sob cobertura de pequena espessura.

São trabalhos expeditos que, em certos problemas, podem fornecer óptimas informações acerca das formações. São frequentemente associadas a outros tipos de trabalhos de prospecção, em especial galerias.

A sua abertura em formações brandas pode ser manual ou à custa de abre-valas, enquanto para maciços de melhor qualidade haverá que recorrer à utilização de explosivos e de meios mecânicos bastante potentes.

Figura 1 - Exemplo de uma vala


GALERIAS

A sua grande utilização em problemas de fundações rochosas de barragens ou de pontes de grandes dimensões, casos em que a sua abertura é conseguida com recurso a ferramenta pneumática e explosivos, resulta da necessidade de observação local das formações do interior dos maciços e de permitir a realização de ensaios mecânicos ‘in situ’ envolvendo grandes volumes de maciço.

A sua escavação reveste-se das mesmas dificuldades e cuidados que os poços, mas, em geral, a remoção dos materiais é muito mais fácil. Em rochas, o revestimento só se faz em zonas em que se suspeite de instabilidade como zonas de descompressão, esmagamento ou grande alteração.


As dimensões mais correntes são cerca de 1,80 m de altura por 1,20 m de largura para galerias com profundidades até poucas dezenas de metros. Com o aumento da profundidade, aumentam em regra as dimensões para ser possível a instalação de equipamento de remoção e arejamento adequados.


Nas zonas onde se prevê a realização de ensaios “in situ” procede-se em regra à abertura de câmaras pelo alargamento da galeria para dimensões frequentemente de 2 m x 2 m. Dada, normalmente, a necessidade de atravessar as zonas conturbadas dos maciços rochosos e de penetrar significativamente nos maciços de boa qualidade e com razoável cobertura, é frequente as galerias de prospecção atingirem dezenas de metros de comprimento.

Figura 2 - Exemplo de uma galeria

 

Fig. 3 -  Tabela de exposição das vantagens e desvantagens.

 

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