Qualidade das Amostras

E-mail Print PDF

A forma como os amostradores são cravados, contribui também de forma significativa para a qualidade final da amostra. Hvorslev (1949) reconheceu a importância de controlar a forma como o amostrador é introduzido no solo. No Quadro 1 apresenta-se um resumo das recomendações relativas ao procedimento de cravação dos tubos amostradores.

 

Tabela 1 – Influência do método de cravação na qualidade da amostragem (Claytin et al,. 1995).

quali_1


A qualidade das amostras pode ser definida através do índice de Área (AR) e folga interior (ICR – inside clearence ratio), conforme definido na figura 6.

 

Têm sido propostas varias metodologias da avaliação da qualidade da amostragem. Conforme se refere em seguida Hight (2000):

a) Inspeção visual da fábrica – Permite identificar as grandes distorções presentes na zona periférica, não sendo suficiente para determinar o grau de perturbação atingido;

b) Medição da tensão média efetiva inícial (p'0) – Avaliação quantitativa com base na variação de tensões efetivas antes e depois da amostragem;

 
c) Medição das deformações durante a reconsolidação – Avaliação quantitativa com base num quociente definido por ∆e/e0, proposto pelo Lunne et al. (1997), em que ∆e diz respeito à diferença entre o índice de vazios inicial presente "in situ" (e0) e o índice de vazios correspondente à reconsolidação para o mesmo nível de tensão efetiva existente "in situ". Os autores propõem ainda um critério de avaliação da qualidade da amostragem que se apresenta na tabela 2:

 

Tabela 2 – Critério de avaliação da qualidade da amostragem (Lunne et al,. 1997).

quali_2

 

d) Comparação de medições "in situ" e em laboratório de velocidades de ondas sísmicas e/ou do módulo de distorção dinâmico – A sensibilidade das ondas de corte permite distinguir diferentes tipos de fabrica, bem como as condições de tensão e o índice de vazios; deste modo, as comparações in-situ e laboratório parecem ser muito promissoras para a avaliação da qualidade da amostra, com ênfase em solos estruturados (Viana da Fonseca & Ferreira, 2002, 2001/4; Viana da Fonseca & Coutinho, 2008; Ferreira, 2009).

 

Departamento

Repositório

Autenticação