Amostradores

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TIPOS DE AMOSTRADORES

Amostradores de solos


 Tabela 1 – Amostradores de solos

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Figura 1 – Amostrador pistão fixo

 

 

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Figura 2 – Esquema do amostrador pistão fixo

 

 

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Figura 3 – Amostrador Shelby

 

 

 

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Figura 4 – Esquema do amostrador Shelby

 

 

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Figura 5 – Amostrador Mazier

 

 

A recolha de amostras com amostrador de tubo aberto é executada cravando-o no terreno (estática ou dinamicamente), sem rotação, obrigando o solo a deslocar-se para o seu interior. Preferencialmente utiliza-se a cravação estática, quando a capacidade de penetração é esgotada passamos à cravação dinâmica.

Para além da ocorrência de alterações do estado de tensão e de variações volumétricas em compressão e expansão das amostras, o deslocamento do solo para o interior do tubo introduz distorções por corte, ocasionando normalmente dois efeitos:

  •  Introdução de estados de tensão distintos dos iniciais;
  •  Destruição da estrutura do solo, na fronteira da parede do amostrador.

 

No último quarto de século, a prática de amostragem permitiu o desenvolvimento de um conjunto de princípios empíricos de conceção de amostradores, que se baseiam nos seguintes parâmetros:

  •  Índice de área (C?);
  •  Ângulo do bisel da boca cortante (?);
  •  Relação comprimento/diâmetro (L/D);
  •  Índice de folga interior (Ci).

 

Hvorslev (1949) apresentou um trabalho da maior relevância, que ainda hoje serve de base à conceção e análise da amostragem, definindo os parâmetros índice de área, relação comprimento/diâmetro do tubo amostrador e índice de folga interior como parâmetros críticos que condicionam a qualidade das amostras. Mais tarde, a Sociedade Internacional da Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações – ISSMFE (1965) – reconheceu a extrema importância do ângulo do bisel da boca cortante. Recentemente, Baligh (1985) propõe que se trabalhe com a relação diâmetro externo/espessura em vez do índice de área. Os parâmetros anteriormente referidos encontram-se definidos na figura X.

 

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Figura 6 – Termos utilizados na caraterização geométrica do tubo amostrador.

 

Dimensões

A ISSMFE (1965) apresentou uma recomendação relativa às dimensões exigíveis aos tubos amostradores para a amostragem de vários tipos de solos, que se encontra resumida natabela 2.

 

Tabela 2 – Caraterísticas exigíveis aos tubos amostradores (ISSMFE,1965).

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* Sugerido para amostradores com aproximadamente 75 mm de diâmetro

** Para amostradores com parede inferior polida e com índice de folga interior de 0.5 – 1.0%

 

Clayton e Siddique (1999) referem que, com base nos dados apresentados na tabela 2 e na experiência adquirida na execução de amostragem, o fator que mais importância tem no controlo da perturbação das amostras diz respeito à combinação do índice de área com o ângulo do bisel.


Influência da forma da boca cortante

A forma da boca cortante do tubo amostrador influencia a magnitude das deformações máximas a que o solo fica sujeito durante o processo de amostragem. Assim, deve-se ter especial cuidado na definição da forma da boca cortante, de modo a ser possível reduzir esse nível de deformação. Clayton e Siddique (1998) evidenciam a influência marcante que a forma da boca cortante tem na magnitude das deformações ao analisarem as deformações associadas a cinco amostradores de uso comum no Reino Unido.


Tabela 3 - Influência do tipo de amostrador no nível de deformação atingido durante a amostragem, avaliada pelo método da trajetória de deformações (Clayton e Siddique, 1998).

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Figura 7 - Amostradores de uso comum no Reino Unido.

 

 

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Figura 8 - Comparação entre as deformações máximas de compressão e extensão para cinco amostradores e para o caso dos amostradores simples definidos por Baligh (Clayton e Siddique, 1998).

 

 

Quanto maior for a relação B/t, mais fina é a parede do tubo amostrador. Para além disso quanto mais fina for a parede do tubo, menor é a deformação axial máxima na linha central.

A deformação máxima na linha central é tao mais pequena quanto maior for a relaçao B/t.

Os tubos de parede fina não dão problemas em extensão, pois são aqueles que se encontram mais próximos do zero. Portanto, os tubos de parede fina são os melhores.

 

 

Amostradores de rocha

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Figura 9 – Amostradores para rochas

 

 

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Figura 10 – Coroa do amostrador de rocha

 


 

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