Num SCPTu é necessário uma ponteira eléctrica preparada para tirar os dados relativos à resistência do solo, pressão da água, os módulos de deformabilidade confinado (M0) e distorcional (G0); cablagem própria para transmissão de dados, varas por onde passa a cablagem; esta por sua vez é ligada a um processador de dados, que os regista.
1.Ponteira
O equipamento do SCPTu é constituído por uma ponteira eléctrica que permite a monitorização contínua com um registo muito detalhado das grandezas em profundidade, evitando assim erros em perfis com grandes heterogeneidades em profundidades.
Através de transdutores é feita a medição dos parâmetros qc (resistência de ponta) e fs (resistência lateral).
É constituido, ainda por um sensor de pressão (pedra porosa) para medir a pressão neutra (u), este sensor situa-se na proximidade do cone e reflecte, no seu crescimento ou descrécimo, a compressão ou dilatação do solo saturado à sua volta.
A evolução da ponteira
2. Equipamento CPTu
Associado ao piezocone há todo um conjunto de equipamentos indispensáveis ao seu funcionamento:
a) Caixa de controlo de profundidade - regista a posição do cone e sincroniza a informação com as resistências de ponta, atrito lateral, e pressões neutras.
b) Data-logger - é uma caixa de aquisição onde é armazenada toda a informação proveniente da ponteira e da caixa de controlo de profundidade.
Fig.2.Caixa de controlo de profundidade; Fig.3. cabo de ligação de profundidade; Fig.4. Data-logger CPTu
Estes dados podem ser guardados num computador através de um cabo de transmissão de dados (figura 5). Para proceder a ligação entre o cabo de transmissão e o Data-logger, é necessário um adaptador para Data-logger (figura 6). Também é necessário um cabo de alimentação (figura 7) ligado ao Data-logger e a uma bateria para fornecimento de energia.
Fig.5.Cabo de transmissão de dados; Fig.6. Adaptador para Data-Logger; Fig.7. Cabo de alimentação
Para obtencao e manipulação dos dados, é necessário recorrer a um software, e um dos exemplos é o CPT-LOG (figura 8). Com ele pode-se registar, armazenar e visualizar toda a informação referente ao ensaio.
Fig.8. Menu inicial do programa CPT-LOG
3. Equipamento SCPTu
Tal como o CPTu, atrás apresentado, este necessita de cabo de transmissão de dados e também de um Data-logger CPTu (figura 4) para enviar toda a informação mecânica referente a qc, fs e u. Adicionalmente vai necessitar de um Data-logger SCPT, que recebe e transmite para o PC toda a informação sísmica e mecânica proveniente da ponteira.
É ainda necessário um PC-Card (figura 10) para converter a informação sísmica analógica do Data-logger SCPT para digital e envia-la para o PC.
Fig.9. Data-Logger SCPTU; Fig.10. PC Card
O equipamento que vai permitir a emissão da onda sísmica é o martelo e uma caixa de madeira com chapas metálicas. O cabo de disparo é o que informa, ao Data-logger SCPT, o momento da geração da onda sísmica.
O cabo de transmissao Data-logger SCPT/CPTu (figura 11), serve para transmitis a informação mecânica (qc, fs e u) do Data-logger SCPT para o Data-logger CPTu.
Fig.11. Martelo; Fig.12. Caixa e cabo de transmissão; Fig.13. Cabo de transmissão Data-logger SCPTu-CPTu
4. Equipamento Geral
Para os diversos transdutores de ponteira serem ligados ao equipamento de aquisição localizado na superfície é necessário um adaptador, ao qual se liga a cablagem de transmissão de dados.
Esta cablagem passa por dentro de um conjunto de varas ocas, que além de proteger o cabo, vai permitir à ponteira descer em profundidade. Na extremidade destas varas existe um rasgo de forma a que o cabo passe sem dobrar, visto que é onde se vai exercer a força de cravação.
Fig.14. Vara de perfuração; Fig.15. Adaptador de cablagem; Fig.16. Cabo
2.1. Equipamento de Cravação
O equipamento de cravação deve permitir reacção à forca resultante das forças de atrito e de ponta que se desenvolvem ao longo das varas sem ocorrer o levantamento deste (figura 19). Assim, deve ser pesado ou com capacidade de se auto-ancorar, podendo ser complementado com massas de reacção extra. Vulgarmente são móveis, podendo-se mover por rodas ou lagartas, dependendo do tipo de solo. Usa-se também como maquinaria concebida para o efeito camiões com o braço de penetração no centro (figura 18), onde a eficiência é maior.
Fig.17. Cravação; Fig.18. Camião com braço de cravação ; Fig.19. Máquina de perfuração e cravação